História

História

O atual Instituto Geofísico da Universidade do Porto (IGUP) foi inaugurado em 1885 com a designação de Posto Meteorológico e Magnético da Cidade do Porto, tendo como primeiro diretor o capitão da armada José Maria Soares Andrea Ferreira (1835-1901).

Mais tarde a sua denominação foi alterada para Observatório Princeza D.Amélia. Em 1901 o Observatório foi entregue à Academia Politécnica do Porto e em 1911 passou para a dependência da Faculdade de Ciências, a qual pertence até aos dias de hoje.

Com o final da monarquia o Observatório sofre uma nova mudança de nomenclatura, em 1913 passa a designar-se Observatório Meteorológico da Serra do Pilar, no entanto em 1946 foi renomeado de Instituto Geofísico da Universidade do Porto.

O Observatório tinha como função a obtenção de dados meteorológicos para a previsão do estado do tempo, importante para pescadores, comerciantes e navegadores, atualmente, possui mais de um século de observações meteorológicas. Mais tarde, passou a estar ligado à investigação e ao ensino em áreas como a Sismologia, a Fenologia e a Geoeletricidade.

História da Estação Sísmica WWSSN

Em 1963 o governo norte-americano e a United States Coast and Geodetic Survey, instalaram no IGUP, uma estação sísmica, a qual veio a integrar uma rede de 125 estações mundiais – World-Wide Standard Seismographic Network (WWSSN). A estação sismológica do Porto, estação PTO, era constituída por dois sismógrafos de três componentes, um conjunto de sismómetros de longo período e um outro conjunto de sismómetros de curto período. Os registos eram gravados em papel fotográfico através de galvanómetros, em 1988 foi feita uma atualização para papel térmico.

A criação desta rede de estações sísmicas, financiadas pelo governo norte-americano, acontece com o principal objetivo de monitorizar os testes nucleares no subsolo, eventualmente efetuados pela antiga União Soviética. Esta necessidade de vigilância fez nascer uma nova era para a sismologia: a sismologia forense ou sismologia militar.

Atualmente, a estação sísmica PTO continua em funcionamento, ainda que sem o seu principal objetivo de monitorizar eventos nucleares, mas sim na deteção da atividade sísmica de origem natural e do estudo do planeta em que vivemos.

Estação Sísmica
Estação Sísmica